Seca no Rio Grande do Sul leva rios aos menores níveis em 80 anos
Em Santa Catarina, os municípios de Tangará e Joaçaba apresentam condição semelhante.
“Alguns dos pontos mais graves estão no rio Uruguai, tanto pelo porte do rio quanto pela quantidade de municípios que ele banha”, explica o gerente de Hidrologia da CPRM, Diogo Rodrigues da Silva.
A escassez de chuva já afeta 70% dos municípios gaúchos, e mais de 300 sinalizaram situação de emergência devido à seca. As perdas em safras como soja e milho são irreparáveis.
Bagé, na Campanha, e Erechim, no Norte, são alguns dos municípios que precisaram entrar em racionamento. A situação preocupa ainda mais diante da pandemia do novo coronavírus, que tem na água um importante aliado de prevenção ao contágio do vírus.
O geólogo alerta para os efeitos em cadeia ocasionados pela estiagem. Além dos prejuízos ao meio ambiente e à agricultura, maior pilar da economia gaúcha, a seca também causa danos à saúde.
Em Itapiranga, município catarinense que faz divisa com o Rio Grande do Sul, a falta de chuva criou uma espécie de piscinas localizadas, onde foram identificados focos de dengue.
As chuvas nas últimas duas semanas estão ajudando a estabilizar os níveis, e a expectativa é mais otimista para os meses de junho e julho. Para o segundo semestre do ano, a previsão é de melhora.
“Com essa quantidade (de chuva), os rios sobem muito lentamente, mas, ao menos, pararam de descer e de superar as séries históricas”, avalia Silva.
Fonte: Jornal do Comércio