Porto de Arica não tem condições de escoar safra de grãos de MS
SÃO PAULO - Um grupo que representa os setores agrícola e logístico de Mato Grosso do Sul, e que estuda a viabilidade do escoamento de grãos pelo oceano Pacífico, foi recebido ontem no porto de Arica, no norte do Chile. A conclusão, entretanto, é que o terminal não suportaria a demanda sul-mato-grossense.
Segundo a Famasul, entidade que representa os agricultores de Mato Grosso do Sul, o porto escoa cerca de três milhões de toneladas por ano, enquanto a produção anual de grãos no Estado se aproxima das 14 milhões de toneladas. Na ocasião, Sebastian Montero, vice-presidente do Terminal Portuário de Arica, informou que seriam necessários três anos de adaptações para que o porto consiga dar vazão a esse volume de grãos à Ásia.
Ainda segundo Montero, foram investidos nos últimos oito anos cerca de US$ 90 milhões na ampliação e na modernização do porto de Arica, com um aumento na capacidade de movimentação de carga de 125%.
A expedição sul-mato-grossesnse saiu de Campo Grande na última sexta-feira e tem como destino final o porto de Iquique, também no Chile.
Para Ruy Fachini, diretor-secretário da Famasul, além da infraestrutura, será necessário alinhamento político, principalmente com a Bolívia, que apresenta algumas dificuldades para atender os caminhoneiros. Segundo Fachini, há um déficit de postos de combustíveis e acostamento nas estradas bolivianas.
Além da Famasul e da Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso do Sul (Aprosoja/MS), outras 17 empresas participam da expedição.
(Mariana Caetano | Valor)
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