Ociosidade se perpetua na indústria esmagadora de soja
Imagem mostra atividade agroindustrial na região de Ponta Grossa. Logística favorece verticalização mas mercado desestimula investimentos.
Foto: Josué Teixeira/Gazeta do Povo
Autor: agro@gazetadopovo.com.br
O Brasil não conseguiu reduzir a ociosidade das indústrias de soja em 2014. A estrutura mantida parada se compara à de 2013, com poucos investimentos e a rede de processamento crescendo na mesma proporção que o esmagamento, informou ontem a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).
O uso da capacidade instalada ficou em 61,8%, contra 61,7% da estatística revisada de 2013. A Abiove considera que houve 6% de aumento na produção, estimada em 86,3 milhões de toneladas. A maior parte do volume adicional de soja foi exportada em grãos.
A Abiove ressaltou que a carga e a complexidade da tributação incidente sobre o processamento de soja ainda desestimulam a ampliação da atividade industrial no setor, favorecendo a venda ao exterior de soja sem valor agregado.
Em 2014, a capacidade instalada cresceu 1,4%, para 59,53 milhões de toneladas/ano, contra um crescimento de 1,6% no esmagamento, que atingiu 36,8 milhões de toneladas.
Folga
22,7 milhões de toneladas de soja deixam de ser processadas no Brasil ao ano por falta de mercado para farelo e óleo e também pelo custo da atividade industrial, segundo o setor. Ociosidade desestimula construção de novas plantas.
Fonte: Gazeta do Povo
Postado em 14 de janeiro de 2015