Ministério da Agricultura admite erro e diz que embargo russo a frigoríficos de aves continua
Conforme o órgão, informação equivocada chegou a ser disponibilizada em site oficial
O Ministério da Agricultura informou nesta terça, dia 20, que está mantido o embargo da Rússia a 26 frigoríficos brasileiros de aves, ao contrário do que dizia uma circular emitida pela pasta na última sexta, dia 16, e que chegou ao conhecimento do setor produtivo. Os dados da circular incorreta serviram de base para a nota divulgada pela Agência Estado, na manhã desta terça, e reproduzida pelo RuralBR.
O médico veterinário coordenador geral de programas especiais do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa), do Ministério da Agricultura, Vantuil Carneiro Sobrinho, admitiu que o texto estava errado ao informar a revogação da suspensão quando na verdade pretendia informar a manutenção do embargo.
Segundo ele, o documento foi preparado para informar as superintendências federais em vários Estados sobre quais unidades seguem proibidas de vender carnes para a Rússia. O Dipoa, afirmou ele, ainda não havia oficializado à s superintendências as restrições temporárias impostas a algumas plantas pelo serviço sanitário russo, o Rosselkhoznadzor.
Carneiro Sobrinho explica que uma primeira versão da circular, que continha as informações sobre a revogação do embargo russo à s 26 unidades, ficou disponível por apenas uma hora no site do Ministério da Agricultura para técnicos e colaboradores que têm acesso por senha à s informações da Secretaria de Defesa Agropecuária. Este primeiro documento foi corrigido em seguida porque continha erros nos nomes de algumas empresas, mas seguia com o mesmo texto incorreto sobre a revogação do embargo. Depois, uma terceira circular foi preparada para corrigir as informações relativas ao embargo. Esta última ratifica a manutenção do embargo russo à s 26 unidades.
O coordenador do Dipoa diz ter assinado a circular sem perceber o erro cometido pelo técnico que preparou o texto. Por fim, ele afirma que quaisquer documentos liberando as exportações dependem de um comunicado prévio do serviço sanitário russo, Rosselkhoznadzor, cujos técnicos estiveram no Brasil recentemente e priorizaram as visitas aos frigoríficos de bovinos, deixando aves e suínos em segundo plano.
>>> Entenda o embargo da Rússia à s carnes brasileiras
Fonte: Ruralbr | Venilson Ferreira | Agência Estado