MILHO – Com mercado firme, safra de milho deve ser maior, avalia Cepea
Pesquisadores afirmam que colheita de verão não pressiona as cotações diante da demanda acirrada pelo cereal
Depois de acumular alta de quase 15% em janeiro, indicador do Cepea tem aumento de 2,34% neste mês (Foto: Ernesto de Souza / Ed. Globo)
Os preços do milho seguem firmes no mercado interno, informa, nesta segunda-feira (22/2) o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), em nota. Com a demanda acirrada pelo grão, os preços encontram mais sustentação em regiões onde o déficit de oferta é maior, como em algumas praças de São Paulo.
“A colheita do milho verão ganha ritmo, mas ainda não é suficiente para enfraquecer as cotações. Com preços elevados e demanda aquecida, o cenário atual é bastante favorável aos produtores e pode resultar em crescimento na área com milho de segunda safra”, informam os pesquisadores, em nota.
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Depois de acumular alta de quase 15% em janeiro, o indicador Esalq/BM&FBovespa, que serve de referência para os contratos futuros na bolsa brasileira, tem valorização de 2,34% em fevereiro. A referência baseada em Campinas (SP) fechou a R$ 43,26 a saca de 60 quilos na sexta-feira (19/2). Foi a primeira vez neste mês que o valor superou os R$ 43.
Diante do cenário, os pesquisadores do Cepea não descartam a possibilidade de produção recorde neste ano, superando a safra 2014/2015. Pelo menos por enquanto, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma produção menor na temporada 2015/2016, somadas a primeira e segunda safras.
A expectativa, de acordo com o relatório mais recente, divulgado no início deste mês, é de uma produção total de 83,33 milhões de toneladas, o que representaria uma queda de 1,6% em relação à safra anterior, estimada em 84,67 milhões.
A primeira safra do cereal deve ter queda de 5,8% na mesma comparação, passando de 30,08 milhões para 28,34 milhões de toneladas. Sobre a segunda safra, a Conab acredita em uma safra de 54,99 milhões de toneladas, que seria praticamente estável em relação à anterior (54,59 milhões de toneladas).
POR REDAÇÃO GLOBO RURAL
Fonte : Globo Rural