INFORME RURAL | GISELE LOEBLEIN
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Para dar nome aos bois
Aprovado por unanimidade na Assembleia, o projeto de lei que determina a inclusão do crime de abigeato no registro e na divulgação dos índices de violência e criminalidade no Estado do Rio Grande do Sul depende agora da sanção do governador.
– O abigeato, atualmente, é colocado junto com furto na contabilidade oficial geral, sem uma especificação – argumenta o deputado Frederico Antunes, autor do projeto de lei 61/2013.
Pelo texto referendado em plenário ontem, um novo inciso é acrescentado ao artigo 2 da lei 11.343 de julho de 1999. Na prática, inclui o crime de abigeato no rol dos que devem ser informados pela Secretaria da Segurança, semestralmente.
Conhecer o real tamanho de um problema como esse é o primeiro passo na busca por uma solução, já que o planejamento das ações policiais tem relação direta com os índices reportados.
– Essa é uma contribuição. Uma série de outras medidas, que passam por mais fiscalização, mais viaturas, mais segurança, precisam ser adotadas – opina o deputado.
Vice-presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Gedeão Pereira avalia como positiva qualquer ação que queira coibir o crime – no ano passado, foram registrados no Estado 6,94 mil ocorrências de abigeato. E ressalta que os danos vão muito além do prejuízo ao patrimônio dos pecuaristas:
– Me preocupa mais o problema de saúde causado pelo consumo de carne abatida clandestinamente.
O assunto é um desafio para o governo. Durante a Expointer, foi criado o Comitê de Gestão da Transversalidade das Ações de Combate ao Abigeato e Abate Irregular de Animais. Nesta semana, a Secretaria da Agricultura, em parceria com a Polícia Rodoviária Federal, realiza em Bagé a primeira edição do curso de combate ao crime.
– A modificação proposta ajuda a enxergar o abigeato como um crime de características específicas e a combatê-lo da maneira mais correta – opina o secretário de Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, sobre o projeto. -
Espaço para a safra no contêiner
No momento em que atinge a marca de 5 milhões de contêineres movimentados, o Tecon Rio Grande reforça a posição de aposta em novas cargas agrícolas. Neste ano, em um projeto-piloto, movimentou 150 unidades com soja, o que ainda é “muito pouco”, afirma Thierry Rios, diretor comercial da empresa, para quem um bom desempenho seria na casa dos 10 mil contêineres por ano.
– Estamos focando em granéis agrícolas. Tanto que criamos uma área que só cuida de novas cargas – explica Rios.
Atualmente, o principal produto movimentado pelo terminal é o tabaco, com 18 mil contêineres por ano. O arroz também tem peso importante – neste ano, foram 3,5 mil unidades para exportação. Entram ainda na lista das principais cargas, frango congelado, resinas, máquinas e equipamentos.
Desde que assumiu as operações, o Tecon Rio Grande já investiu no terminal, que movimenta 98% da carga em contêiner que passa pelo porto de Rio Grande, R$ 250 milhões em modernização e ampliação da estrutura. -
Negócio da China
Em missão pela Ásia, Adriano Zerbini, gerente de relações com o mercado da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), tentará acelerar a liberação de novas plantas brasileiras para atender ao mercado chinês. Amanhã, ele aproveita a presença do vice-presidente Michel Temer em Pequim para tratar do assunto. Conforme o presidente da Ubabef, Francisco Turra, cinco frigoríficos – entre os quais um do Estado – estão com tudo pronto para começar a vender. Falta só a publicação da habilitação.
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As exportações de frango brasileiro somaram 355 mil toneladas em outubro, alta de 3,5% e recorde para o mês, alcançando uma receita de US$ 682,44 milhões, 9% segundo dados da Ubabef. Em valores, houve queda de 4,9%.
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A proibição no Brasil do uso de insumos liberados na produção de arroz de países do Mercosul pautou encontro no Itamaraty. Um grupo de trabalho foi criado para tratar do tema.
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Terminam hoje as inscrições para concurso aberto pela Secretaria da Agricultura. São 130 vagas (e cadastro reserva) para o departamento de defesa. As inscrições são feitas pelo site www.fdrh.rs.gov.br.
Fonte: Zero Hora