Gaúchos embarcam 20 mil bovinos para a Jordânia
Chefe da Unidade Descentralizada de Vigilância Agropecuária do Mapa, Ricardo Leite explica que o embarque de animais vivos é um procedimento de rotina no porto, mas que pelo número de cabeças e pelas características do navio Baden III, construído especialmente para o transporte de cargas vivas, a operação foi autorizada para ocorrer no estaleiro.
Leite garante que todos os cuidados de prevenção ao coronavírus estão sendo tomados. Segundo ele, os fiscais estão trabalhando com equipamentos de proteção e atendendo ao critério de não aglomeração de pessoas. “Os servidores do grupo de risco estão preferencialmente em trabalho remoto, no recebimento de documentos”, diz Leite, ressaltando que, nos casos onde é imprescindível o trabalho presencial, estão sendo adotadas escalas de revezamento.
Caroline Menezes, coordenadora veterinária do embarque, destaca que toda a operação deve levar cerca de 50 horas para ser finalizada.
A fiscal esclarece que o último embarque de bovinos vivos pelo porto ocorreu em dezembro de 2019, ano em que cerca de 20 navios partiram com destino a mercados como a Turquia, o Egito e a própria Jordânia. De acordo com Caroline, o pico deste tipo de exportação ocorreu em 2018, com a saída de 27 navios.
Segundo a veterinária, a Instrução Normativa n° 46 do Mapa disciplina a exportação de animais, estabelecendo a passagem obrigatória de todos pelos EPEs – fazendas onde são checadas as exigências sanitárias de acordo com o protocolo de cada país importador.
A normativa também determina uma medida em metros quadrados por peso e cabeça de bovino como forma de garantir o bem-estar animal durante a viagem, que, no caso da Jordânia pode chegar a 23 dias.
De acordo com o economistachefe do Sistema da Farsul, Antônio da Luz, a retomada dos embarques é positiva para a pecuária gaúcha, pois regula a oferta interna, uma vez que vem muita carne de outros Estados para o Rio Grande do Sul.
Fonte: Jornal do Comércio