Ações do frigorífico Minerva acumulam valorização de 133% no ano
SÃO PAULO – As ações ordinárias do Minerva, terceiro maior processador de carne bovina do país, estão entre as maiores altas do ano entre todos os papéis listados na Bovespa.
O ativo acumula valorização de 133% em 2012 até o pregão desta sexta-feira, quando encerrou em baixa de 2,96%, cotado a R$ 11,79. Na mesma comparação, o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, sobe apenas 3,8%.
Ações de empresas do mesmo setor do Minerva, como JBS e Marfrig, apresentam valorizações no ano bem mais modestas, de 11,9% e 41,7%, respectivamente.
Captação
O Minerva usará a captação de até R$ 588 milhões para investir e reforçar sua estrutura de capital, conforme o prospecto preliminar protocolado na Companhia de Valores Mobiliários (CVM). A empresa anunciou hoje que fará uma emissão de ações primária e secundária.
Conforme o documento, 65% do montante a ser captado na emissão será utilizado para “equilibrar” a estrutura de capital da empresa. Os 35% restantes serão usados para financiar o plano de investimentos da Minerva.
Em teleconferência com analistas ontem, o presidente da Minerva, Fernando Galletti de Queiroz, revelou o interesse da companhia por novas aquisições, numa estratégia que pode ganhar fôlego com a aporte de recursos proveniente da emissão de ações.
Na última quarta-feira, a companhia reportou um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização de R$ 134,5 milhões no terceiro trimestre, 47,9% superior aos R$ 90,9 milhões apurados no mesmo intervalo do ano passado.
Ao final de setembro, a Minerva registrava uma dívida líquida de R$ 1,64 bilhão. A maior parte desse endividamento vence entre 2017 e 2019. O índice de alavancagem (relação entre dívida líquida e Ebtida) da empresa é de 3,7 vezes.
© 2000 – 2012. Todos os direitos reservados ao Valor Econômico S.A. . Verifique nossos Termos de Uso em http://www.valor.com.br/termos-de-uso. Este material não pode ser publicado, reescrito, redistribuído ou transmitido por broadcast sem autorização do Valor Econômico.
Leia mais em:
Fonte: Valor | Por Téo Takar e Luiz Henrique Mendes | Valor